Enfermeira Vanessa Farias

Colocação de Brinco em Recém-Nascido: Guia Seguro e 4 Cuidados Essenciais

A colocação de brinco em recém-nascido é uma prática comum, mas que exige cuidados específicos para garantir a segurança e o conforto da criança. O momento ideal para furar as orelhas e colocar brinco em recém-nascido deve ser escolhido levando em conta a saúde do bebê, higiene rigorosa e a técnica adequada, preferencialmente feita por profissionais qualificados.

Especialistas recomendam que o procedimento só seja realizado quando o ambiente estiver seguro e o recém-nascido estiver em boa condição de saúde. Além disso, a manutenção adequada após a perfuração é fundamental para evitar infecções e garantir uma cicatrização correta, incluindo a limpeza constante e o movimento delicado do brinco.

Entender essas recomendações ajuda os pais a tomar uma decisão informada e tranquila sobre quando e como colocar o brinco, evitando complicações e proporcionando uma experiência positiva para toda a família.

brinco em recém-nascidos

Quando Realizar a Colocação de Brinco em Recém-Nascido

A decisão de colocar brinco em recém-nascido deve ser tomada com base na saúde geral da criança, desenvolvimento imunológico e indicação de profissionais especializados. Escolher o momento certo é fundamental para evitar complicações, como infecções ou má cicatrização.

Idade Ideal para Colocar o Brinco

Segundo especialistas, pode-se ccolocar o primeiro brinco entre 7 e 30 dias de vida. Nessa fase, o recém-nascido já passou pelos primeiros dias de adaptação ao ambiente externo e apresenta menor risco de infecção, pois o sistema imunológico já começa a se desenvolver de forma mais estável. Além disso, a cartilagem da orelha ainda está maleável, o que facilita a perfuração e proporciona melhor posicionamento estético do brinco.

Essa abordagem precoce também tende a ser menos traumática, já que o bebê ainda não associa o procedimento à dor ou a estímulos negativos. É importante destacar que, mesmo sendo um procedimento simples, ele deve ser realizado por profissionais capacitados, com técnica apropriada e em ambiente higienizado.

Sinais de Prontidão

Antes de colocar brinco em recém-nascido, é essencial que ele não apresente sinais de saúde comprometida. A pele da orelha deve estar íntegra, sem lesões, vermelhidão ou sinais de infecção.

A ausência de icterícia, febre ou outras doenças também é importante, pois esses fatores podem aumentar desconforto e complicações pós-furo. A observação cuidadosa pelo responsável e o acompanhamento médico são passos essenciais.

Orientação de Profissionais de Saúde

A perfuração deve ser realizada por profissionais capacitados, como enfermeiros experientes ou médicos. Eles garantem técnicas seguras, como o uso de agulha que permite furo preciso e rápido.

Os profissionais também orientam sobre os cuidados posteriores, incluindo a higiene e o uso de brincos adequados. A avaliação do pediatra antes e depois da colocação ajuda a evitar reações adversas.

brinco em recém-nascido

Cuidados Essenciais Antes da Colocação

A perfuração para colocação de brinco em recém-nascido exige atenção especial para garantir segurança e evitar infecções. A escolha do profissional, o tipo de brinco e o material da joia são fatores-chave para um procedimento adequado.

Escolha do Profissional Qualificado

O procedimento deve ser realizado por um profissional habilitado, como um médico ou especialista com experiência comprovada em perfuração de orelhas infantis. Isso reduz riscos de complicações, infecções e evita danos ao tecido sensível do recém-nascido.

Ele precisa seguir protocolos rigorosos de higiene, usando equipamentos esterilizados e técnicas adequadas. Profissionais qualificados também sabem como minimamente causar dor e garantir conforto durante a perfuração.

Pais devem buscar recomendações e confirmar certificações antes de agendar o procedimento. Não é indicado fazer furinhos em locais sem licença ou experiência.

Tipos de Brinco Mais Indicados

Para o primeiro brinco, o ideal é escolher modelos pequenos e leves, que não causem peso nem puxões no lóbulo da orelha. Brincos com bolinha ou formato liso, sem partes soltas, evitam irritação ou enroscamento.

É importante que o brinco tenha fechamento seguro para impedir a perda da peça e exposição da perfuração aberta. Evitar brincos grandes, pesados ou com muitas decorações é essencial para o conforto do recém-nascido.

O formato redondo e as extremidades arredondadas costumam ser melhores para os primeiros dias, prevenindo lesões e facilitando a higiene local.

Materiais Seguros e Hipoalergênicos

Brincos feitos de materiais com baixa propensão a causar alergias são essenciais. As opções mais recomendadas incluem aço cirúrgico, ouro 14k ou 18k e titânio.

Materiais baratos, como bijuterias comuns ou metais contendo níquel, aumentam o risco de irritações e infecções. Optar por joias específicas para recém-nascidos minimiza o risco de reações alérgicas.

A limpeza frequente da área perfurada, usando soluções suaves, deve acompanhar o uso de materiais seguros para evitar problemas de pele.

Cuidados Pós-Colocação de Brinco

Após a colocação de brinco em recém-nascido, os cuidados nos dias e semanas seguintes são cruciais para garantir a boa cicatrização e evitar infecções. A higiene, a observação dos sinais locais e o manuseio cuidadoso fazem toda a diferença no processo de recuperação.

Higiene da Orelha

A limpeza da área deve ser feita duas vezes ao dia com soro fisiológico ou antisséptico suave, como solução de clorexidina a 0,2%. É fundamental lavar bem as mãos antes de tocar na orelha do bebê e utilizar gaze estéril ou cotonete para aplicar o produto.

Evite o uso de álcool diretamente na pele do recém-nascido, pois pode causar irritações. Também não se deve aplicar pomadas, cremes ou óleos na região sem prescrição médica.

Movimentação do Brinco

Movimentar o brinco delicadamente uma vez ao dia, girando-o levemente, ajuda a evitar que a pele cicatrize sobre a haste. Essa prática simples também previne aderências e favorece a ventilação do canal da perfuração.

Durante os primeiros 30 dias, o brinco não deve ser retirado. A troca precoce pode causar trauma no local e aumentar o risco de infecção.

Sinais de Alerta: Quando Procurar um Médico

Mesmo com todos os cuidados, é importante que os pais estejam atentos a sinais que indicam possíveis complicações na perfuração da orelha.

Sintomas que Devem Ligar o Alerta:

  • Vermelhidão persistente após 48 horas;

  • Inchaço que aumenta com o passar dos dias;

  • Secreção amarelada ou com odor desagradável;

  • Febre sem causa aparente;

  • Dor intensa ao toque ou choro constante ao mexer na orelha.

Se qualquer um desses sinais aparecer, interrompa os cuidados em casa e procure atendimento pediátrico imediato. Em alguns casos, pode ser necessário o uso de antibióticos tópicos ou orais.

brinco em recém-nascio

Benefícios de Realizar o Procedimento na Primeira Infância

Apesar da cautela necessária, há vantagens reconhecidas em optar pela colocação de brinco ainda nos primeiros meses de vida.

Menor Trauma Emocional

Eecém-nascidos pequenos não formam memórias conscientes do evento, o que torna a experiência menos traumática emocionalmente. Ao contrário de crianças maiores, que podem desenvolver medo ou ansiedade diante de procedimentos com agulhas.

Cicatrização Mais Rápida

A pele dos recém-nascidos possui maior capacidade regenerativa, favorecendo uma cicatrização mais rápida e eficiente. Além disso, o risco de manipulação indevida é menor, já que o recém-nascido não mexe voluntariamente na orelha como uma criança maior faria.

Adaptação Mais Natural

A introdução precoce do uso de brincos permite que o corpo se adapte de forma natural ao acessório. Isso reduz a chance de rejeição do material e minimiza complicações estéticas como perfurações tortas ou mal posicionadas.

Aspectos Culturais e Sociais da Prática

Furar a orelha para colocar brinco em recém-nascido é uma tradição que vai além do aspecto estético. Em muitas culturas, especialmente na América Latina, o brinco é um símbolo de feminilidade, identidade e cuidado familiar.

Tradição e Pertencimento

Em várias famílias, a colocação do primeiro brinco é um rito de passagem e costuma ser acompanhada por fotos, bênçãos ou celebrações simples. Há um valor emocional envolvido que fortalece os vínculos e o sentimento de pertencimento da criança à comunidade e à família.

Pressão Social e Escolhas Conscientes

Apesar da tradição, é fundamental que os pais façam uma escolha consciente, baseada no bem-estar do recém-nascido e na segurança do procedimento, e não apenas por pressão social ou convenção cultural. Cada criança tem seu tempo, e o respeito à individualidade deve prevalecer.

Mitos Comuns sobre Colocar Brinco em Recém-Nascido

A prática está cercada de informações imprecisas, o que pode gerar insegurança. Veja alguns mitos comuns:

1. “Se furar logo que nasce, o recém-nascido não sente dor.”

Falso. O bebê sente dor sim, embora não vá lembrar. A diferença está na intensidade da reação, que pode ser menor nos primeiros meses devido à imaturidade neurológica.

2. “É melhor furar em casa com agulha ou brinco de pressão.”

Falso e perigoso. Esses métodos aumentam o risco de infecção, trauma, queloide e perfuração inadequada. O uso de pistola também não é recomendado por alguns especialistas, sendo preferível a agulha estéril e descartável, aplicada por profissional treinado.

3. “Se der reação alérgica, é só trocar o brinco por qualquer outro.”

Falso. Trocar o brinco durante a cicatrização pode agravar a lesão. O correto é suspender o uso, procurar orientação médica e tratar adequadamente antes de qualquer nova tentativa.

Conclusão: Decisão Segura e Amorosa

A colocação de brinco em recém-nascido deve ser uma decisão consciente, baseada em informação, responsabilidade e amor. Quando feita com os devidos cuidados — desde a escolha do momento, passando pela qualificação do profissional, até a atenção nos dias seguintes —, o procedimento é seguro e tranquilo.

Priorizar materiais hipoalergênicos, manter uma rotina de higiene eficaz e observar os sinais do corpo do bebê são passos essenciais para que tudo ocorra da melhor forma possível.

Por fim, mais do que seguir uma tradição ou padrão estético, o importante é garantir que essa decisão seja tomada com respeito à saúde e ao bem-estar da criança. Pais informados conseguem oferecer uma experiência positiva, segura e livre de traumas — transformando um pequeno gesto em uma memória afetiva cheia de significado.

 

Links Internos 

  1. Talassemia: 5 Principais Riscos e Recomendações para uma Gravidez Segura
    https://enfermeiravanessafarias.com.br/talassemia-cuidados/

  2. Noripurum e Soroterapia em Domicílio: Público Alvo e 3 Benefícios de sua Aplicação
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Links Externos

  1. O primeiro brinco do bebê: o que saber antes da escolha
    https://lillo.com.br/blog/post/o-primeiro-brinco-do-bebe-o-que-saber-antes-da-escolha

  2. Quando pode furar a orelha do bebê? Dói? Como cuidar do furo?
    https://brasil.babycenter.com/x5000034/quando-pode-furar-a-orelha-do-beb%C3%AA-d%C3%B3i-como-cuidar-do-furo

  3. É seguro furar a orelha dos bebês para colocar brincos logo após o nascimento?
    https://revistacrescer.globo.com/bebes/saude/noticia/2023/05/e-seguro-furar-a-orelha-dos-bebes-para-colocar-brincos-logo-apos-o-nascimento.ghtml

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